22 abril 2007

O Véu Pintado - W. Somerset Maugham


Num total de 284 páginas, gostei efectivamente de ler umas 20. Eu que ando sempre a dizer que O Fio da Navalha é um dos grandes livros da minha vida, lido no longínquo ano de 1994, começo a pensar que só me marcou porque na altura eu era uma teenager.
Amigos que leram/releram O Fio de Navalha recentemente continuam a dizer que é uma excelente história, mas quanto a esta, não há muito a dizer. Além do estilo do próprio escritor que não é dos que mais gosto, a "libertação" de uma senhora fútil e a suas viagens, físicas e psicológicas, não me interessaram minimamente e mesmo assim consegui chorar a meio! Uma vergonha, bem sei, mas sou geneticamente de lágrima fácil.
Estava a planear ler o livro para depois ver o filme, mas começo a ter dúvidas que vá desembolsar 5€ para o ver... só se for mesmo pelos actores.
Da leitura célere deste livro, guardo unicamente 3 frases interessantes, que me fizeram lembrar várias conversas que tive recentemente:

"Só alcançarás o que queres, quando tiveres deixado de o desejar (...)" (pág. 207)

"(...) a única coisa que nos permite olhar este mundo em que vivemos sem asco é a beleza que, de vez em quando, os homens fazem brotar do caos." (pág. 229)

"(...) se por vezes é preciso mentir aos outros, é sempre deplorável mentir a si própria." (pág. 243)

5 comentários:

PJF disse...

Como um dos que releu recentemente o Fio da Navalha, queria dizer que sou um incondicional do Maugham. Eu penso que é uma questão de personalidade e gosto: a mim, neste momento, este estilo fluido, um bocado aristocrata, seguro, psicológico mas sem grandes sobressaltos, toca-me particularmente, até mais do que em anos anteriores.

Zaracotrim disse...

Pois... isto deve ser por fases. Vai na volta, daqui a uns anitos, já gosto outra vez :)

Filipe disse...

um layout novo, que refrescante!

Livros em 2ª Mão disse...

Acabei de ler este livro hoje e vim à procura de opiniões sobre o mesmo.
Não fiquei a sentir que este é um dos livros da minha vida, mas também não fiquei indiferente. Só o tempo dirá o seu lugar.
Mas para mim, a personagem de Larry é deliciosa, avesso ao conforto material e indiferente às opiniões contrárias, na sua busca pela felicidade. Tomara que todos tivessemos essa coragem!

Livros em 2ª Mão disse...

"Este livro" era referente ao "Fio da Navalha", único que li até agora do Somerset Maugham.