15 julho 2011

Hotel Du Lac - Anita Brookner (1984)

Com muita pena minha, na segunda vez que escrevo sobre uma escritorA vou ter que escrever pela segunda vez que não gostei do livro por aí além. Fez-me lembrar "O Véu Pintado" do Somerset, com o despertar de uma mulher que envereda por caminhos mais fúteis, apesar de Edith, personagem principal deste livro, não ser fútil de todo mas está a passar por uma fase que se deixa seduzir por futilidades. Não há pachorra. Na capa pode ler-se "Uma história de amor esmagadora." escrito por alguém do jornal "The Times" que pelos vistos gostou do livro e com isto concluo que qualquer paixoneta hoje em dia é um amor esmagador. Na minha singela opinião a construção das personagens é feita de forma interessante mas a história em si é fraquinha e para venceder do Booker Prize faz-me pensar que ninguém escreveu nada de jeito em 84.

"Tenho sido demasiado dura com as mulheres", pensou, "porque as compreendo melhor do que compreendo os homens. Conheço-lhes bem a vigilância, a paciência, a necessidade de se afirmarem bem-sucedidas." (p.94)

2 comentários:

tromps disse...

posso estar a ser influenciado pela tua crítica mas um livro com esta capa não me daria muita vontade de o ler. agora voltei ao lusíadas, em versão kindle. claro que há o cheiro dos livros e o folhear das páginas e mais não sei o quê que sublima o objecto livro mas a verdade é que cada dia gosto mais daquela maquineta limitada que de pouco mais seve que para ler.

Zaracotrim disse...

Tenho vontade de dizer que nunca irei sucumbir a essas modernices, mas sinto-me como aquelas pessoas que no fim dos anos 90 diziam teimosamente que nunca iriam ter um telemóvel. Vamos ver até onde vai a minha paixão pelo objeto livro.